terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dominação




Dominação



Palavras nem sempre expressam o que pensamos,


mas as escrevemos.


Pensamentos nem sempre são expressos de modo claro,


apenas utilizamos palavras repetidas.


Nem tudo que dizemos é o que realmente pensamos e queremos dizer.


Nem tudo que pensamos é o que realmente queríamos pensar.


Pensar e dizer são muitas vezes base para a construção de nossos sonhos,


ou até mesmo para a sua desconstrução.


Até que ponto é possível viver o que dizemos?


O que vivemos é o que dizemos e pensamos?


Muitas das vezes vivemos como marionetes de um ventríloquo capitalista, e dizemos


palavras repetidas de nosso dominador.


Se quer pesamos, pois agimos simplesmente como robô.
Autor: Rafael Melo
Editor (a): Beatriz Ribeiro

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quebra-cabeça


Quebra-cabeça


Aos poucos peças são encaixadas.
Uma imagem ainda desconfigurada
surge em meio a um anceio.
Peças que surgem do nada
e encontram encaixe.
Nesse momento é preciso discernir bem.
Mesmo aquelas
aparentemente sem cor, sem vida, e que julgamos inútil e
acreditando não fazer parte da imagem que se tenciona,
passa a ter sentido na figura projetada.
Pensemos que a imagem são os sonhos,
e as peças são coisas ou seres
que quando organizadas
configuram essa imagem.
Interessante notarmos como sempre falta uma peça,
mesmo quando a ultima é encontrada.
Isto porque a imagem projetada
é mutável.
Acreditando viver de coisas
e de seres,
as peças continuam sendo encaixadas!
Autor: Rafael Melo
Editor (a): Beatriz Ribeiro

sábado, 8 de agosto de 2009

Você vive o que diz?

"(...) Mas quando alguém te disser ta errado ou errada
Que não vai S na cebola e não vai S em feliz
Que o X pode ter som de Z e o CH pode ter som de X
Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz (...)"
(Zaluzejo. O Teatro Mágico. Composição: Fernando Anitelli)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Destinação

Destinação

Caminhava instável por vias escuras, sempre acreditando estar sem norte e mundo.
Embora, dizia ser um ser inanimado, traçava ali seu caminho sempre tenebroso.
Belzebu era sua principal preocupação.
Libertar-se dele era um sonho.
Por ocasião receberas como opinião, seguir por vias claras.
Mas tinha medo.
Pois, mesmo com tanta luz, haveria sombras.
Estas que a confundiria sem ao menos deixa - lá escapar.
Como pode alguém querer sem ao menos tentar?
Mas algo a fazia acreditar que era tudo previsto.
Por isso ela seguia sempre pela mesma via,
nas madrugadas e em noites frias.
Muitas das vezes em meio a maresia,
seguido por uma repentina nostalgia.

Autor: Rafael Melo
Editor (a): Beatriz Ribeiro

sábado, 1 de agosto de 2009

Relento


Relento



Noites ao relento
tudo que lembro são de meus pensamentos,
que em alguns momentos
me fazia sonhar.

Sonhos com o impossível
Que só na calada da noite é possível
Sonhar.

Lagrimas escoam pela face
que junto ao orvalho,
toca a alma.

Estrelas no céu
sela este encontro celestial,
do criador
com a criatura.

Pensamento
sonho,
relento,
mundo em movimento
a suplicar.




Autor: Rafael Melo
Editor (a): Beatriz Ribeiro

Praça



Praça

Quando estou contigo
naquele momento ímpio,
me sinto protegido
e aos poucos me deixa em crédulo.

Quando por ti passamos
aspiramos um ar sedutor
que por alguns momentos nos encanta
com tamanho esplendor.

Poucos os que te olham com tanta grandeza
pois fora de ti vêem um universo mais atraente,
muito mais sedutor.

Por muito tempo
fostes testemunha de segredos e juras de amor.
Agora só lhe resta lembranças
e algumas almas que vêem em ti tamanho valor.

Deposito em ti todos os meus segredos
toda a minha dor,
em troca levo de ti um pouco de esperança
e uma dose de amor.





Autor: Rafael Melo
Editor (a): Beatriz Ribeiro

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lei da atração


Lei da atração



Por um instante parecia um sonho
algo que outrora não queria sonhar,
medo quem sabe, preconceito jamais.

Medo por ser diferente
aquilo que atrai a gente,
e nos faz sonhar.

Corpos sedentos num mesmo universo
que em determinado momento se atraem,
como algo natural se relacionam
fazendo daquele momento
uma realidade.

Por ocasião senti nos corações ávidos:
a vontade,
o desejo,
o prazer,
pelo proibido.

Fazendo daquele instante algo,
único,
mágico,
sobrenatural,
mas, natural entre os indivíduos feitos de carne.

O que havia era simplesmente uma harmonia
que repelia qualquer outro pensamento,
um oásis, em meio a tantos pensamentos ruins
que nos assombram.



Autor: Rafael Melo
Editor (a): Beatriz Ribeiro